Foto: Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins
AGUIARNÓPOLIS, Tocantins — Uma frota de dez barcos iniciou nesta segunda-feira (27) o transporte gratuito de passageiros entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), medida emergencial após o colapso da ponte JK sobre o Rio Tocantins em dezembro. O desastre, que matou 14 pessoas e deixou três desaparecidos, cortou uma rota vital entre os estados, forçando milhares a depender de alternativas temporárias.
O serviço de balsas, financiado inicialmente com R$ 135 mil do governo do Tocantins, funcionará das 5h às 19h pelos próximos 30 dias, com possibilidade de prorrogação. Cada embarcação — operada pela Associação dos Barqueiros de Aguiarnópolis e fiscalizada pela Agência Tocantinense de Regulação (ATR) e Corpo de Bombeiros — transporta até oito pessoas por viagem. Veículos, no entanto, seguem sem solução, enquanto autoridades negociam contratos para restabelecer a mobilidade.
O Colapso da Ponte JK
A estrutura da BR-226 cedeu às 14h50 do dia 22 de dezembro de 2024, arrastando para o rio dez veículos, incluindo caminhões com 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas. Três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões caíram nas águas, deixando apenas um sobrevivente. O momento do desabamento foi registrado pelo vereador Elias Júnior (Republicanos), que documentava há semanas os riscos da ponte.
“Era uma tragédia anunciada”, disse Júnior ao g1. “A comunidade alertou as autoridades por anos sobre os perigos.”
Investigação da Polícia Federal e do DNIT apura as causas do colapso. O DNIT revogou contrato emergencial com a PIPES Empreendimentos LTDA por descumprimento de obrigações, enquanto a LN Moraes Logística LTDA foi autorizada pela Antaq a operar futuros transportes pagos, ainda não iniciados.
Desafios Logísticos e Ambientais
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) classificou as balsas como “solução vital” para a população durante reunião de emergência em 24 de janeiro. Enquanto isso, cidades como Tocantinópolis e Axixá proibiram o tráfego de veículos pesados em vias locais para evitar danos ao asfalto sobrecarregado por desvios.
Preocupações ambientais persistem devido aos produtos tóxicos despejados no Rio Tocantins, vital para a região. Apesar de o DNIT afirmar que “prioriza a segurança”, detalhes sobre a descontaminação não foram divulgados.
Próximos Passos
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a implosão dos remanescentes da ponte para 2 de fevereiro, etapa inicial para reconstrução. Enquanto isso, moradores como Maria Santos, professora que depende da travessia, cobram respostas. “Os barcos ajudam, mas precisamos de uma solução definitiva”, disse.
O desastre expõe os riscos da infraestrutura envelhecida do Brasil e o custo humano da negligência. Para as comunidades de TO e MA, a recuperação promete ser longa.
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